sexta-feira, 28 de março de 2008

Análise critica dos artigos de Roseli Fígaro e William Dias Braga

Artigo de opinião:Nayara Alves



Análise critica dos artigos: Subjetividade e Trabalho: reestruturação produtiva e o papel da mídia na construção da identidade operária no Brasil-William Dias Braga



Comunicação e trabalho: as transformações do trabalho na empresa de comunicação - Roseli Fígaro.


O artigo de Roseli Fígaro especifica a importância dos meios de comunicação na sociedade devidos os mesmos nos colocarem em conexão com as informações que ocorrem no mundo.
Alguns pontos são abordados por Roseli e podem ser discutidos por nós cidadãos, levando em conta os pontos positivos e negativos. O artigo comenta sobre o comportamento das crianças em contato com os meios de comunicação e que não se trata de algo a ser comprovado, pois é perceptível e de fato é realmente o que identificamos hoje.
Jovens e adolescentes tem desenvolvido comportamentos que ate, no entanto não era apresentável como, por exemplo, o contato sexual, agressões físicas ou ate mesmo verbais e a descoberta de novos estilos de vida e é exatamente analisando esta questão que podemos encaixar no que Roseli diz: é perceptível.
Para ser discutido estes pontos, é necessário o conhecimento que devemos ter sobre o funcionamento, as estratégias de mercado, o interior das empresas de comunicação, seu trabalho e seus objetivos. Entender isto é o mesmo que compreender sobre a organização do trabalho para discussão da lógica produtiva da empresa.
É conveniente dizer que Roseli estaria com razão ao estabelecer uma linha de raciocínio de que com as novas tecnologias e o processo de desenvolvimento da sociedade e das empresas, a organização do trabalho é algo que tem ficado a desejar por parte de órgãos de pesquisas que estudem sobre as empresas de comunicação social.
Seria importante termos noções de estatísticas que apontam o circulo de sociabilidade, interesses, perfil profissional, cultura, objetivos, ou seja, relatórios que viessem a ser elaborados de forma clara para o conhecimento geral de povo brasileiro, que é consumidor e esta sempre ligado aos meios de comunicação.
Analisando o artigo de William Dias Braga, vemos que ele analisa sobre formas de construção das identidades operárias sob as novas demandas do capital, onde a Ciência e Tecnologia entram em cena para reforçar e legitimar as novas formas de gestão e de organização do trabalho.
São dois artigos que são vinculados, pois decorre a preocupação que surge ao percebermos a falta de informações sobre o funcionamento das empresas de comunicação e nas conseqüências que se implicam, pois de alguma forma influencia na produtividade do trabalho e no comportamento das pessoas.
Quando estamos no papel de consumidores de informações tendo por base como exemplo a mídia televisiva, jornais impressos, revistas e rádio como meios de comunicação, percebemos que existe a exigência de termos as informações com qualidade.
Quem não gosta de adquirir um produto com qualidade?Qual consumidor não se importaria se adquirisse um produto que não cumprisse com as características em destaque na embalagem ou na propaganda? “engolir” informações que são repassadas por jornalistas que talvez não tenham o comprometimento de trabalhar para o leitor e sim para a “empresa ”, que pode muito bem, estar ligada a interesses políticos ?
William deixa claro no artigo que se o trabalhador não se qualificar como poderá permanecer no mercado? Agora seria mais fácil entender que o mercado exige qualificação e o que esta em jogo neste artigo é analisar o trabalho das empresas de comunicação, pois podem alterar o perfil do empregado, que por sua vez, terá uma nova identidade.
Outro ponto a ser analisado é que não apenas as empresas de comunicação, mais qualquer empresa, podem alterar o perfil, o estilo de vida, a identificação do profissional. Isto começa acontecer quando a relação de empregado com empregador é mantida para identificar as necessidades de cunho psicológico, que é um dos fatores indicados por William.
Este acompanhamento de analise psicológica é valida para o campo motivacional e o comportamento do empregado. Não é possível ser analisado se não tiver uma relação entre as partes, empresa e empregador.

A importância de ter a relação é valida para uma reestruturação, produtividade da empresa, qualificação para o trabalhador. Se uma empresa não conhece o funcionário, como seria a produtividade? Neste caso podemos alegar que não seriam necessários os métodos de seleção para contratações.
Um conflito existente para empresas, seria o modelo que procuram para seus trabalhadores, para que consigam utilizar os meios tecnológicos, e terem maior flexibilidade no trabalho individual e em equipe. Mas como exigir um modelo próprio se cada empresa tem sem método de trabalho e as mesmas modificam a identidade do trabalhador?

É ai que esta... Ser flexível em todos os momentos é uma luta constante e individual. A organização do trabalho, a ética de cada pessoa, a abstração de informações sobre empresa e trabalhador, as mudanças de identidade, o espírito de liderança e ao mesmo tempo de conquista por parte da empresa e outras vezes por parte do trabalhador, é algo que não se estabiliza, pois esta em constantes modificações.
Conclui-se então que Roseli Fígaro esclarece bem sobre a necessidade de conhecimento do papel midiatico, e William Dias, sobre as mudanças de identificação, a importância das relações e ao mesmo tempo da subjetividade que implica nas relações comerciais, resultado claro na produtividade da empresa e no desempenho do trabalhador.

Referências

BRAGA, Wilhiam Dias. Subjetividade e Trabalho: reestruturação produtiva e o papel da mídia na construção da identidade operária no Brasil. ALAIC,2002.


FÍGARO, Roseli. Comunicação e trabalho: as transformações do trabalho a empresa de comunicação. Trabalho enviado ao Núcleo de Pesquisa Teorias da Comunicação. XXVIII Congresso da Intercom, 5 a 9 de setembro de 2005.

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