quinta-feira, 12 de junho de 2008

Namorados

Namorados estão menos românticos e mais endividados
Agencia Estado

Neste Dia dos Namorados, 67% dos paulistanos comprometidos pretendem presentear. No entanto, desse total, 65% confessam que prefeririam usar o dinheiro para quitar suas dívidas, revela pesquisa da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP).O valor médio do presente para este ano está estimado em R$ 55, e a preferência é pela compra com pagamento à vista. Dos entrevistados, 68% pretendem fazer o pagamento por meio de cheque, dinheiro ou cartão de débito, enquanto 28% utilizarão o cartão de crédito e 1% financiará a compra com cheque pré-datado ou carnês.Segundo o economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) Emílio Alfieri, esse comportamento evidencia o maior endividamento do consumidor. Ele destaca que, em maio, as dívidas incluídas no cadastro de inadimplentes do SCPC aumentaram 11,5% e as dívidas excluídas subiram 6,9%. "Essa diferença acentuada no mês passado sinaliza que é preciso maior cautela na hora de assumir novos gastos", adverte.Celular, roupas e floresO telefone celular será a preferência do consumidor neste Dia dos Namorados, revela a pesquisa de perspectiva empresarial da Serasa. Para o assessor econômico da entidade, Carlos Henrique de Almeida, a liderança é explicada pela constante incorporação de novas tecnologias, promoções de planos e serviços oferecidas pelas operadoras, e facilidades de pagamento. Outra opção de presente são as roupas e acessórios.Em terceiro lugar, estão as flores. Almeida lembra que, em 2007, os perfumes e cosméticos ocupavam a terceira posição. "O maior endividamento do consumidor determinou a mudança este ano. As flores, que no ano passado estavam em quarto lugar, são mais baratas e ganharam destaque" explica.O Dia dos Namorados é a terceira melhor data para o comércio, atrás apenas do Natal e do Dia das Mães. Os comerciantes da capital paulista esperam para a data um crescimento de 2,5% nas vendas na comparação com o ano anterior. Em 2007, a alta registrada correspondeu a 1,5% ante 2006.

DISPONÍVEL EM :http://www.atarde.com.br/economia/noticia.jsf?id=901458 ACESSO EM: 12 DE JUNHO 2008 AS 11HORAS E 09MINUTOS

terça-feira, 10 de junho de 2008

“Onde antes havia vinhedos, hoje há palazzi”

Por Nayara Alves

A Revolução Social
1945-90




A palavra chave que poderíamos utilizar nesta análise baseada no texto, ”A era dos extremos, o breve século xx (1914-1991)” de Eric Hobsbawms seria: transformações. Além de simplificar o tema que Eric discute, apresenta também detalhes sobre tais transformações e explicações para acontecimentos presentes.

È interessante como o autor inicia seu texto explicando termos que durante algumas gerações foram usados para que as pessoas compreendessem a vida no século xx e que ainda hoje alguns autores utilizam para contar suas histórias e que uma vez ou outra, nós mesmos acabamos á utilizar.

O autor faz questão de destacar algumas expressões, bem familiares: pós-guerra, pós-moderno, pós-industrial e assim vai. Esta questão é simples, diante de tamanhas modificações que ocorreram no passado e que em decorrência disto, traz certas respostas para nossos questionamentos.

Estamos falando de transformações tecnológicas, inovações culturais, intensificação de movimento, transformação de crescimento material quantitativo, como Hobsbawms destacou e acrescentou mudanças súbitas e sísmicas. O mesmo segue dizendo sobre o comportamento dos camponeses que largou o campo e foi para cidades grandes em busca de estabilidade financeira.

Quando lemos isto, talvez não pensássemos na dimensão de camponeses que havia naquela época, pensamos em cidadãos simples que viviam em zonas rurais e que lutavam pelo sustento de suas famílias. Em parte pensamos certos, porém é importante deixar claro que não eram poucos camponeses. Eric faz menção a pesquisas que apresentam taxas da movimentação das cidades grandes recebendo milhares de camponeses e o impressionante esvaziamento dos campos.

Os camponeses ficavam por horas viajando de ida e volta para seus locais de trabalho, isto mostra uma das dificuldades que enfrentavam, e faziam isto porque sabiam a importância de se ter estabilidade naquela altura do campeonato. Os problemas não paravam por ai, outra questão era as péssimas condições de moradia, com as baratas e ratos convivendo com seres humanos nos cortiços e favelas, cresceu a quantidade de doenças, e os centros urbanos habitados por seres da fauna.

Todo este processo de saída do campo foi denominado pelo autor como declínio e queda do campesinato. De acordo com Eric, a agricultura foi um ponto forte no século xx, a Síria e o Iraque tinham metade de seus habitantes na agricultura, e na Europa muitos camponeses arando terra, e mesmo assim a queda ocorria muito depressa.

Diante de tais mudanças, vemos também que os países industriais desenvolvidos em exceções, se transformaram em grandes produtores agrícolas para o mercado mundial. Hobsbawms explica que isto ocorreu enquanto se reduziam a população agrícola a uma porcentagem pequena, e isto se deu pelos trabalhadores restantes no campo, e pela incrível explosão de produtividade de capital intensivo.

Uma economia agrícola nominalmente dita como mecânica, porque os agricultores ricos tinham a disponibilidade de maquinários para execução dos serviços, e em tempo adequado aos seus desejos. A revolução agrícola se estendeu. Muitas regiões não conseguiam alimentar sua imensa população, diante de uma explosão demográfica.

Alguns pontos chamam mais ainda atenção como o extraordinário crescimento da alfabetização em massa e demandas de vagas na educação secundária, onde Eric mostra que os estudantes eram contados em milhões na França e outros países. Isto abre um leque de perguntas na mente de pessoas que tomam conhecimento desta época oscilante

Perguntas como, por exemplo, a forma de sobrevivência das famílias dependendo de ter mais pessoas para ajudar no sustento da casa, isto não atingiria a educação a ser ministrada para os filhos dos camponeses? Afinal eram pessoas do campo que preencheram boa parte das cidades grandes. Mas é justamente neste ponto que Eric Hobsbawms diz que a maior parte dos estudantes vinha de famílias em melhores condições que a maioria e ainda faz uma pergunta irônica e bem lógica, de que outros modos poderiam pagar alguns anos de estudo?
Para pergunta uma resposta: um milagre educacional, exatamente, Eric apresenta a existência de um termo até, no entanto não muito compreendido, ate mesmo porque isto ocorria pelo esforço dos pais coreanos para manter filhos intelectuais.

O grupo de jovens que passavam ao ensino superior, cresceu muito nessa época, e com eles o governo foi obrigado à criar novos estabelecimentos para confortar o excessivo número de alunos e funcionários. Esses grupos de universitários, se concentravam em cidades universitárias assim constituindo uma nova forma de cultura na política.

O descontentamento político e social se revelou com intensidade na década de 1960, com bastante eficácia na expressão nacional e até mesmo internacional. Com todos os acontecimentos já estabelecidos, ainda assim 1968, não foi considerado uma revolução por parte dos estudantes, isso porque, por mais numerosos e mobilizáveis que fossem, não podiam fazer sozinhos.

Foram criadas greves operárias na França e na Itália, mas após vinte anos tudo o que se tinha como um pensamento e uma luta foi lançado fora, vendo-se assim uma desistência por parte de alguns estudantes, pois, embora os movimentos políticos recebessem muita publicidade, não faziam diferença para o estado, não causavam um impacto mais sério. Os universitários que continuaram a protestar pelos seus ideais, foram impedidos de agir de varias formas, entre elas está à brutalidade e a tortura já aplicada na década de 1970.

Os estudantes promoviam ações radicais, pois, tinham em seus pensamentos de que quanto mais revolucionários fossem, maior seria a possibilidade de conseguir um emprego ao sair da universidade. O que se descobre é que tal atração pelo radicalismo não é vista em boa parte desses jovens, mas a minoria (mas que também era representada por muitos jovens) falava mais auto, conseguindo levar seus pensamentos à frente.

O número de estudantes que sairiam para as universidades continuou a crescer com muito mais freqüência e com isso o governo resolveu criar uma maneira de romper esse crescimento. Assim foi feito. A partir de um determinado momento não era qualquer estudante que teria o privilégio de estarem em uma universidade, todas as formas de se chegar lá foram delimitadas.

Não poderíamos deixar de destacar mais algumas informações focadas pelo autor como sendo primordiais para o entendimento de todas estas transformações, e as influências no tempo presente. Destacamos o neoliberalismo com suas preferências de privilegiar algumas pessoas de classe, fazendo com que mais tarde o individualismo se manifestasse entre as classe trabalhadora
O papel da mulher, a liberdade e autonomia, o feminismo,as mulheres intelectuais,o orçamento familiar...nossa...quantas mudanças não é mesmo? E é incrível que a maioria delas refletem nas nossas vidas.O autor identifica muito bem estes pontos e reserva a todos nós, profundas reflexões.

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