quinta-feira, 15 de outubro de 2015

“#SomosTodosGigantes”: Campanha de Combate ao Nanismo como ponto de Partida em busca de Inclusão e Respeito Social.

Por Nayara Alves

A problemática de hoje é o Nanismo, e amanhã? O que mais irão apontar?

A história da humanidade é marcada por conquistas significativas, mas também por lutas constantes de combate a preconceitos, à violência psicológica, física, moral, sexual, intrafamiliar, institucional, dentre outras. Esta necessidade de igualdade social está intrinsicamente ligada a fatores psicológicos, as evoluções de grupos sociais, aos diretos humanos e a sede de justiça, de forma a erradicar ou pelo menos, amenizar as diversas formas de agressão.

A reflexão de hoje não é para discutir conceitos ou nomenclaturas, mas dividir com vocês leitores, a interessante campanha “#SomosTodosGigantes”, que está circulando nas redes sociais com o objetivo de orientar as pessoas sobre a doença que tem como nome, Nanismo, além de combater o preconceito as pessoas portadoras da doença.

Foto Ilustrativa Disponível Fan Page da Campanha
O Nanismo é uma doença genética que se manifesta em mais de duzentas formas e está relacionada à glândula hipófise, que faz com que o corpo não tenha desenvolvimento, sendo assim, o indivíduo tem o tamanho afetado ficando com baixa estatura, além de ter a possibilidade de adquirir complicações em outros órgãos do corpo. Importante é ressaltar que o indivíduo não tem suas funções cognitivas afetadas, sendo uma pessoa com capacidade intelectual completamente normal.

A campanha “#SomosTodosGigantes” está sendo promovida, por Marlos Nogueira e Juliana Yamim, pais de Gabriel, um garoto de oito anos que foi diagnosticado com a doença ainda no nascimento. Assim que atingiu idade de compreender, os pais decidiram escrever uma carta para o filho, que circula nas redes sociais e ganham adeptos.



Um Projeto de Lei está sendo tramitado no Congresso Nacional pelo Senador Romário (PSB-RJ) que quer implementar uma data, provavelmente o dia 25 de outubro, como o dia de Combate ao Preconceito às Pessoas com Nanismo.

A benéfica é vista como um ponto de partida para trabalhar a educação, as relações sociais, a visibilidade cultural, a aceitação nas práticas esportivas e no mundo corporativo, sempre focando no respeito ao próximo e a busca por igualdade social.

A Campanha é maravilhosa e muito bem vinda, porém os questionamentos surgem a partir do momento que analisamos o projeto como a busca por qualidade de vida e por algo que é direito de todos: Respeito por parte da sociedade.

Fico a imaginar que doença lastimável é o Preconceito, doença esta que está enraizada na sociedade e que prefere apontar os indivíduos, a si mesmo. A problemática de hoje é o Nanismo, e amanhã? O que mais irão apontar?

Em pleno século XXI, com tantos progressos tecnológicos e avanços em demais áreas, as pessoas ainda criticam a subjetividade do próximo e se acham no direito de ofender, agredir e promover atos abomináveis e hostis por questões que de alguma forma, as tocam. 

Por que a não aceitação no convívio social? Por que mesmo com diversas campanhas, enfrentamos embates sociais? Quantas outras campanhas serão necessárias para pedir ao mundo apenas, respeito? A Educação aplicada em nosso país seria suficiente para formar pessoas curadas e livres de qualquer preconceito? Qual o real papel dos pais na missão de educar seus filhos para uma geração pensante? É possível banir o preconceito?

Enquanto não encontramos soluções continuaremos a apostar na promoção de campanhas educativas e uso de mídias, o que de fato, mesmo sendo um ponto de partida, acaba de certa forma a nos contrariar, ao pensar que aceleramos nas questões tecnológicas e retrocedemos na educação aonde o resultado é a existência de uma sociedade preconceituosa.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Análise crítica do filme, “O Melhor Lance” - 2013

Por Nayara Alves

Para os amantes das representações cinematográficas é sempre prazeroso ver um filme e olhar não apenas por olhar, mas olhar além do que é apresentado. Não sou nenhuma especialista no assunto, mas trago em minha formação um pouco de conhecimento e gostaria de compartilhar com vocês.

Fiquei extremamente fascinada com o filme, “O melhor lance”, do Diretor Italiano, Giuseppe Tornatore, produzido em 2013 e lançado em 2014. Categoriza-se em romance um pouco dramático, tratando-se de um roteiro extremamente bem feito por envolver o telespectador e deixa-lo curioso e, por fim, deixando a cereja do bolo para o final que realmente é surpreendente.

A trama conta a história de um apreciador de artes, leiloeiro de peças valiosas e antiguidades, chamado Virgil, a qual recebe um telefonema de uma jovem herdeira, Claire, pedindo para que ele inventariasse todas as peças que tinha em sua casa, pois as venderia. O fato é que, boa parte da trama, ela fica escondida dentro do quarto alegando ter uma doença e que não sai de casa desde os quinze anos. A situação da moça comove o leiloeiro que começa a receber conselhos de um amigo para saber como conquistar a confiança de Claire e como lhe dar com os sentimentos que passa a ter por ela.

Primeiramente fiquei pensando o que levou o Diretor a exibir os eventos desta história num ritmo lento. Costumo dizer que os cinco primeiros minutos de um filme, tem que encantar o telespectador que já está ansioso pela história. O Diretor utilizou 2hr10min para desenvolver os fatos, com cenas que poderiam ter sido adiantadas, desta forma, classifico que é um tipo de filme constante.


Apesar de ser longo, não ter cenas fortes para despertar emoções rápidas no telespectador e pouquíssima trilha sonora, o diálogo estabelecido no roteiro é de fácil compreensão além de criativo e eu diria que esta pitada misteriosa nas falas e na caracterização do ambiente e dos personagens, é que prende as pessoas e os fazem pensar que vale a pena esperar às duas horas de filme.

Antes de falar com precisão da atuação dos personagens eu gostaria de ressaltar a caracterização do ambiente, ou seja, a fotografia da trama. Eu simplesmente apaixonei pelo cenário, pelos objetos, pela arquitetura e a iluminação que enquadrou perfeitamente na riqueza de detalhes de cada canto do casarão, da vila, do parque, da casa do leiloeiro, enfim, cada cantinho. Meu palpite é que esta possibilidade visual disponibilizada tem haver com a origem do diretor que é Italiano e por isto, a fotografia tem características europeias com cores predominantes acinzentadas e iluminação envelhecida, daí o cenário escolhido.


No que diz respeito aos personagens a caracterização foi muito bem feita, pois o leiloeiro bem sucedido faz uso de roupas elegantes e cortes finos, é intelectual, postura intensa, manias pessoais bem acentuadas como é o caso do uso das luvas e frequenta restaurantes de alto padrão. A jovem herdeira, 27anos, faz uso de roupas leves e confortáveis, cabelos soltos, aspectos de uma pessoa deprimida para exprimir o sentimento de frustração que fazia parte de seu plano, envolvente, cara de anjo e mente de demônio para fazer jus a sua atitude final que é o desfecho fabuloso e inesperado, para confundir o espectador que acredita ser apenas uma história de amor entre um homem mais velho, um amor maduro por uma jovem indefesa.

Se observarem, vão perceber que durante o leilão existe o personagem Billi, um senhor de barba branca, que participa de todos os leilões e usa de trapaça juntamente com o leiloeiro, de forma que ele sempre arremata as peças dando o melhor lance. Desde o inicio do filme fiquei me perguntando o que ele tinha haver com a história, ou em qual momento ele entraria no romance que se desenvolvia. As coisas começaram a fazer sentido quando o quebra-cabeça começa a ser montado a partir da última participação do personagem (01h49min) com um abraço de despedida entre os amigos e a mensagem nas entrelinhas, de que talvez, esta seria a última vez que eles se vissem e então, Billi sorri ironicamente e diz que mandou uma pintura para que o leiloeiro lembrasse dele.


Todas as ligações que Claire recebia de um tal Diretor, nada mais era do que  este senhor “barbudo”, tramando dar o bote final. Que caracterização suave, sutil, imagem plena de um trapaceiro e traidor que traiu não apenas seu amigo leiloeiro, mas também a nós, quanto telespectador, que nada esperávamos dele, uma figura tão simples numa imensidão de coisas a serem discutidas no filme. É mais ou menos aquela velha história, é de quem menos esperamos é que vem a apunhalada.

Outro personagem importante foi Robert, o amigo de Virgil, que ficou boa parte do filme dando conselhos amorosos. Por alguns momentos a trama nos da a entender que ele vai se apaixonar por Claire, mas não é isto que acontece. Só vim a entender a participação efetiva dele, quando o leiloador chega em casa procurando por Claire e o empregado diz que ela teria provavelmente saído, assim como um dia antes, juntamente com Robert e a namorada para lanchar (01h50min). Quando Virgil avista a pintura enviada por seu amigo Bill e decide guarda-la na sala aonde guarda sua coleção valiosíssima de quadros, encontra apenas o vazio devastador, um silêncio, uma decepção não apenas amorosa, mais abrangente, envolvendo amigos.


A traição se estabelece através da mensagem deixada por seu amigo Robert por uma engenhoca consertada. É a explicação do ocorrido, aonde dizia: “Há sempre algo autêntico escondido em cada falsificação, eu não poderia concordar mais. Por isto, sinto sua falta, Sr Virgil”. Que final louco! Não na intensidade das cenas, mas na intensidade do roteiro que quebra as possibilidades de uma paixão e constata apenas um golpe praticado por uma gangue, composta por Claire, Bill, Sara e Robert. Aonde é possível ter certeza disto? Com o depoimento da anãzinha que ficava frente ao casarão (cena 01h55min) ela revela que Claire saia com frequência do casarão (constatando que não havia doença alguma e tudo se tratava de uma farsa), revelando ser ela a proprietária do casarão e que havia alugado nos últimos dois anos a casa para um rapaz que consertava de tudo e era galanteador (revelando ser Robert); ela menciona as frequentes mudanças que ocorriam no imóvel (tempo que usavam para aplicar o golpe).

E assim, a cena final é apresentada a nós, cheia de particularidades com uma mensagem enigmática através da decoração do restaurante, feita de engrenagens e relógios, muitos... muitos deles! Imagino que esta brincadeira com o telespectador, nos faz pensar no significado das engrenagens que só funcionam em pares e tem seu movimento afetado caso algum dente esteja desencontrado um do outro. Se tudo estiver ajustado, a velocidade e a potência são maiores e assim, o tempo da ação não é obstruído.


Robert, Sara, Bill e Claire trabalharam em pares, ajustando seus planos assim como a engrenagem e obtendo o êxito, em curto espaço de tempo – fator potência.
A conclusão que chego diante de todos estes pontos é que, assim como na vida real estamos sujeitos a desajustes em nossas engrenagens, afetando nossas relações e projetos, automaticamente o tempo se torna fator preponderante para nossa cura ou para nossa morte.


Creio que Virgil irá se recuperar!

Fotos disponíveis no site Adoro Cinemas, com os respectivos autores das imagens, usadas apenas de forma ilustrativa. Disponível em: http://www.adorocinema.com/filmes/filme-215942/ Acesso em 08 de Outubro de 2015 ás 22hr55min.

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Montadora em Catalão demite mais de 400 funcionários


Diferente do que está divulgado no site da montadora Mitsubshi, mais de 400 funcionários em Catalão, GO, tiveram como "resultado expressivo de seus trabalhos", várias rescisões contratuais. A alta demanda foi comunicada hoje,02, trazendo comoção e revolta a pais de família que resolveram protestar na GO 050, entre Chapadão do Céu e Estrela Dalva.


Em junho deste ano, a empresa já havia demitido mais de 190 funcionários devido a baixa nas vendas no ramo automobilístico. 


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