quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Responsabilidade Social

Ficha Técnica:
Produção: Alunos do 6º período de Jornalismo
Apresentação: Lívia Sousa e Paullo Di Castro
Repórter: Nayara Alves
Supervisão: Prof. Márcio Venício
Imagens/edição: Dionísio Costa e Rogério Honório
Realização: Faculdade Araguaia
Ano: 2009/1

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Luta pela vida

Texto: Nayara Alves, Larissa Costa, Ana Renata, Melanie Gothe, Manuela Guerra, Juliano de SouzaFotos: Nayara Alves / Ana Renata Edição: Profa. Renata Dos Santos


Diógenes Gregory (esqueda), transplantado, ao lado da sua mãe, Maria Fátima, e do irmão Pierre, que também recebeu um rim


“Tenho um amigo que ficou 12 anos na fila de espera. Todos dependem de sorte para conseguir um doador compatível”, diz Diógenes Gregory, transplantado que enfrentou fila de espera por um órgão.


O estudante de comércio exterior Diógenes Gregory Gonçalves Dutra, 27 anos, residente em Aparecida de Goiânia, conhece de perto a realidade de uma fila de espera. Ele aguardou dois anos para receber um rim e só foi beneficiado porque contou com a solidariedade do cunhado que era compatível.

“A pessoa pode ficar dois, três, cinco, vinte anos na fila e nunca conseguir um transplante”, desabafa Diógenes. Para o estudante, a longa espera resultou em tratamentos constantes por causa da gravidade da doença. ”Tenho a síndrome de Albert, que paralisa os rins, a audição e visão. No meu caso, a doença paralisou os rins e também perdi 40% da audição”, revela.

Segundo o médico Luciano Leão, coordenador da Central de Transplantes do Estado de Goiás, a realidade das filas ainda é um fator que exige melhorias. “São 554 pessoas que aguardam um rim e 2,8 mil na espera por uma córnea.", afirma.

Luciano Leão acrescenta que tais dados abrangem todo o estado de Goiás. O coordenador esclarece que estas estatísticas nem sempre correspondem à realidade, pois muitos pacientes que precisam de um transplante, desconhecem seu estado real de saúde. “Os números revelam apenas pessoas cadastradas. Nosso objetivo é que esta fila caminhe”, relatou.



Luciano Leão, coordenador do Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO)


Parceria é esperança de avanços

O transplante é um processo cirúrgico no qual uma pessoa recebe em seu corpo um órgão ou tecido de um doador. Segundo o médico Luciano Leão, muitas vezes a fila de espera não diminui porque ainda é pequeno o número de pessoas dispostas a autorizar doação de órgãos.

Ele diz que a novidade no campo dos transplantes é a perspectiva de parceria, ainda sem data confirmada, da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO) com as secretarias de Saúde e de Educação do Estado de Goiás. Trata-se de um acordo para desenvolver e intensificar campanhas para atrair doadores e esclarecer dúvidas.
Entenda como funciona o processo de doação ao transplante

A Central de Transplantes do Estado de Goiás conta com quatro equipes. A primeira equipe faz contato com a família do doador para verificar a possibilidade de retirada dos órgãos. Se a família concordar, a equipe logo informa a central.

Outra equipe é a burocrática, que entra em contato com médicos realizadores de transplantes em hospitais como a Santa Casa, o Hospital Santa Genoveva, entre outros. Existe outra equipe que providencia a retirada dos órgãos e também a que faz a distribuição para os receptores.

No inicio do próximo ano os transplantes não devem ser realizados apenas no Hospital de Urgências de Goiânia, como ocorre atualmente. “Com isso, reduziremos o tempo de espera da família pelo corpo”, afirma.

Nova regulamentação

A nova regulamentação do Sistema Nacional de Transplantes define que crianças e adolescentes menores de 18 anos terão prioridade no recebimento de órgãos de pessoas da mesma faixa etária. Elas também poderão entrar na fila de transplante de rim antes de enfrentarem a fase terminal da doença.

A equipe médica supervisiona a atualização online do prontuário do paciente. Quem estiver na espera por um órgão também poderá ver na internet a sua posição e o andamento da fila.
O regulamento também dificulta a comercialização de órgãos como fígado e rim. A doação entre pessoas que não são da mesma família deve passar por uma comissão de ética formada por funcionários dos hospitais.

Para mais informações acesse: http://www.transplantes.go.gov.br/ ou envie seu e-mail para centraltransplantes.go@saude.gov.br
Telefones: 62-32018319 / 3201.8320

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