quinta-feira, 15 de dezembro de 2011
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Os atores da notícia
É possível concordarmos com as colocações dos autores acima, quando estes por sua vez, enfatizam que o sistema de produção de uma empresa jornalística é basicamente igual a qualquer indústria, porém com uma diferença, o produto final sendo o jornal, a revista ou a televisão possui uma identidade material, ou seja, um formato, um modelo, um estilo e assim por diante.
Ainda contamos com mais uma observação, a identidade espiritual, que é um fator predominante no processo da notícia.
A identidade espiritual refere-se à filosofia empresarial e jornalística, aos procedimentos internos do veículo, bem como à postura da organização perante seu público, concorrentes, governo e instituições sociais. Esse ambiente externo interfere continuamente na identidade de cada organização jornalística, que possui maior ou menor flexibilidade para lidar com essa realidade. É dentro desse contexto que as matérias jornalísticas são concebidas, captadas, editadas e transmitidas. (DUARTE & JÚNIOR, 2002. p.329)
Compreendemos, portanto, que a comunicação interna[1] e externa[2], influencia no processo de produção da notícia. Um colaborador desmotivado, consequentemente, não terá um bom desempenho em suas atividades e a organização para qual trabalha sofrerá impactos, assim bem como a imagem da empresa e até mesmo seu produto final.
Os jornalistas também são atores da notícia. Concordamos com o posicionamento dos autores, uma vez que, o perfil do jornalista contribui para o processo de produção da notícia. Se ele tem um perfil crítico, curioso, observador e a maneira como se articula, produzirá um efeito em suas atividades. “É desse perfil profissional que surge a informação embalada para uso, no formato colorido das páginas dos jornais ou dos programas de televisão, e sob o clima sonoro dos programas de rádio”. DUARTE E JÚNIOR (2002, p. 329).
É interessante analisarmos o processo de produção da notícia, como resultado de um trabalho em conjunto, entre jornalistas e a empresa jornalística para qual trabalha, entre assessores de imprensa e a organização, entre jornalista e sua fonte de informação. Todos participam e contribuem para um resultado que pode ser negativo ou positivo.
Quanto à assessoria de imprensa, os autores afirmam que:
As notícias veiculadas pela imprensa não são apenas relatos de acontecimentos imprevistos, mas, em grande medida, são influenciadas por acontecimentos planejados, produzidos e controlados por pessoas ou organizações com aptidão para tal: o lançamento de um livro, a divulgação de uma nova descoberta científica, a apresentação de um projeto de lei importante ou mesmo a declaração de um político ou liderança. Por trás desses acontecimentos, muitas vezes, encontram-se as assessorias de imprensa, cujo público imediato não são os leitores ou telespectadores, mas os próprios jornalistas. DUARTE E JÚNIOR (2002, p.330)
É perceptível a relação dos assessores com a notícia. Os autores deixam claro que a influência esta presente na participação efetiva dos assessores em acontecimentos públicos, ou até mesmo, em festas e eventos particulares. Nomeiam ainda, os assessores como, “um público exigente e criterioso”. Esta qualificação se dá, pela relação entre assessores de imprensa com jornalistas. Assessores facilitam o trabalho dos jornalistas, mas não os definem. O papel de definir o que será divulgado é inteiramente do jornalista.
Concluímos nossa linha de raciocínio juntamente com a dos autores Duarte e Júnior, uma vez que identificamos mais um contribuinte influenciador na produção da notícia, a fonte. Está claro que a fonte, é uma peça fundamental e primordial para conclusão de qualquer matéria, não apenas para conclusão, mais para fundamentação. A fonte é o objeto de investigação dos jornalistas, pois, através delas, embalam-se e concedem-se “furos” jornalísticos. Produzem impactos que vão do positivo ao negativo.
